sábado, 6 de novembro de 2010

Incoerência

Que inferno, sou muito influenciável. Não há menos que 20 minutos que tento começar a escrever no blog. Problema: escolher a música que vai tocar enquanto escrevo. Eita, já sei: Eric Clapton.

Agoooooora sim. Junto ao solo inicial de Stormy Monday continuo.

Enfim, atordoado como sempre - será que isso um dia vai parar? É como esperar ser engolido por uma onda. Estar ali, com água na cintura, de braços abertos, de frente para o infinito. Receber uma porrada no peito, se envolver na confusão de águas, perder a noção de direção, os sentidos, o fôlego e ser jogado na areia, exausto! Não, não vai passar. Eu até que gosto. E mais, depois de uma "vaca" como esta, nunca haverá outra água de coco igual. Pode ter certeza.

O verão chega quente. E o tempo não me deixa sequer parar para ver. Lembro que no inverno via mais céus azuis. Tenho a impressão que está branco ultimamente, tão forte é a luz que vem de lá. Adoro isso aqui nessa época, o calor vem do chão. Não tem como fugir. O fogo queeeimaa! As pessoas vão enlouquecendo aos poucos, a natureza talvez seja a maior responsável pela loucura verãocarnavalesca de "Hellcife". Alguma coisa cozinha em 3 ou 4 meses de quentura, aposto minhas fichas no cérebro. Mas tem coisas que inevitavelmente ficam geladas: dedos, boca e garganta.

Engraçado que eu nem sei mais como tudo começou. Um setor da administração memorial do meu processador é responsável pela eliminação dos registros referentes ao início do fim de qualquer acontecimento. Bom esse sistema neh?! Fica, pode levar. Eu sei que as coisas das quais não me lembro são de extrema importância. Primeiro indício disso é eu não lembrar. Se fosse de extrema inutilidade eu certamente lembraria.

Alguém um dia me disse: abençoado é o homem de muita saúde e pouca memória. Até tento me manter saudável, mas eu esqueço...