Todos somos normais, iguais e diferentes. Somos estranhos. Cada um carrega o peso que aguenta e paga um preço pelo que leva. Precisamos aceitar o preço, as condições e as realidades que nos são impostas. Para isso é preciso compreender, entender que tudo tem uma razão de ser. Viver o que está a frente é uma opção, teremos sempre a possibilidade de desistir. Devemos compreender o caminho e os que conosco caminham para decidir seguir ou não em frente. O caminho não muda, é aquele, com todos os obstáculos e facilidades. Os que caminham conosco têm, como nós, as opções de seguir em frente, parar ou voltar quando desejar. Os mais fortes têm a opção de ajudar os mais fracos ou de guardar energias para os imprevistos, os mais experientes de prevenir o próximo dos perigos ou de calar-se. Liberdade, esse é o caminho. Liberdade para ser como quiser e seguir em frente, liberdade para ajudar e ser ajudado, liberdade pra ser forte ou fraco, liberdade para seguir o caminho, liberdade para desistir. Os caminhos estão lá, com seus solos irregulares, pontes e abismos, multidões ou solidão, os escolhemos livremente, ou deveríamos. Os aventureiros também fazem parte do percurso. Toda trilha leva a um lugar, todo caminhar deseja um chegar. Cada um leva uma bagagem, pega coisas no caminho, deixa outras pela estrada, carrega o peso que acha necessário e ajuda quem acha que deve. Há quem ande sozinho e quem ande acompanhado. Há um mundo de andarilhos e um mundo de caminhos, há um mundo de escolhas. É preciso caminhar de olhos abertos. É preciso conhecer, compreender e aceitar para continuar ou desistir com consciência. É preciso ir para conhecer o fim. Pode-se também acreditar nas palavras dos que estão voltando, ou não. Temos todos dois olhos que vêem partes diferentes de um todo, e o que dizer de pares de olhos diferentes? Nunca vêem a mesma imagem da mesma forma. Cada ser vê o que pode e entende o que é capaz. Conhecer, compreender e aceitar. Cada um tem sua imagem do caminho, todas elas verdadeiras.
Quem sou eu
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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'Ninguém te ensinará os caminhos. Ninguém me ensinará os caminhos. Ninguém nunca me ensinou caminho nenhum, nem a você, suspeito. Avanço às cegas. Não há caminhos a serem ensinados, nem aprendidos.'
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