quinta-feira, 8 de julho de 2010

Palavrinha Mágica

Hoje, 07/07/2010, mais um dia atípico de inverno em Hellcife.

Meu filho, coitado, tem sentido falta do pai. Sei quando chego em casa e só tem merda.

Esses dias de chuva tem sido curiosamente animadores. Saí debaixo de chuva, viajei na conta do ônibus mais rápido pra chegar à Agamenon e aí o sol apareceu. Na hora de corrigir o erro: andar que só o carai.

Nem vi o gol da Espanha. Só agora no telejornal. Mas vi parte do jogo enquanto esperava a chuva passar na produtora. Alguns cafés depois estiou um pouco e voltei com Zé até a Boa vista. Ele seguiu à Casa da Cultura. Eu ao 13.

Aí é que digo que fica bom, vê: Boa Viagem/Sítio da Trindade/Boa Vista/ Parque 13 de Maio/Rua do Lima/Cinema São Luiz/Beco/Casa cheia de merda. E eu que iria trabalhar e à uma reunião às 8.

Lá no xadrez, chuva a tarde toda. É bom pra conversar, os ventos sopram boas notícias. Uma agradável sensação se instaura. Algo parecido com gritar no meio da rua com toda a força do seu corpo.

To cansado de ver o povo se matar no São Luiz. Filme político venezuelano é pau, e com dois historiadores do lado é muito mais. Não bastava a dúvida entre ler a dublagem mal feita e tentar entender o espanhol Fórmula1, aí ficam do meu lado, dois amigos formados em história que, do começo ao fim, comentam e debatem sobre a história da história do filme. No meio do filme. Durante. No meu pé de ouvido. Foi tanto o desespero que eu encontrei um buraco no teto do cinema. No lado direito perto da tela. Tome chuva.

Não sei o que acontece com Recife, não se comem mais dobradinhas como antigamente. 40 minutos? Algumas horas. Cabeçudice que não arte. Capazes de reproduzir entre copos, garrafas, pratos e temperos sobre a mesa, o mapa mundi e os caminhos percorridos por Colombo até as Américas. De Sófocles ao goleiro Bruno. Foi assunto, estava rolando.

Queria mesmo era dizer a palavrinha mágica. Desopilar.

O coitado do Gato é que sofre. To com saudades dele, mas não entendo como ele coloca tanto mais pra fora do que pra dentro.

Um comentário:

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