sábado, 10 de julho de 2010

Reencontro saudosista

O dia todo em Jampa.

Ontem foi a estréia de Erêndira no Espaço Muda. Gostei e houveram duas apresentações. Queria ter ficado pra festinha, mas teria que chegar no "quintal de casa" às 8.

Às 5 estava na rua com o Gato. 5:30 na parada esperando CDU. Taxi mesmo, não daria tempo. Tudo tranquilo, pão com charque e suco de goiaba de manhã no hominho da bicicleta e vamos lá. 6, busão.

O dia foi tranquilíssimo por aqui, adorei rever todo mundo, a energia está ótima.

Ainda fico nervoso quando não volto pra casa. Reflexo da correria do Geração, chegava sexta no final da tarde e ia eu e minha mochila nas costas pra casa, pro colo. Essa cidade me lembra regresso. Sempre no mesmo lugar no onibus, pra ver os dois lados da estrada. Tantos pensamentos, sempre tanta saudade. Confesso, continuo. Na verdade tenho pensado que a saudade em mim é uma condição. E mais, é uma relação diretamente proporcional ao tamanho do gostar. Fiquei surpreso com a não aprovação desse fato. Cada mente um mundo, fazer o que?

Pela primeira vez consegui estar relaxado numa entrevista, foi a repórter. O tempo passou que nem vi.

Estava mesmo com saudades da Morena (ói ela aqui denovo). Os tempos que vivi aqui foram únicos, claro, mas falo da riqueza de emoções. Uma família se formou, com direito a cachorrinho de estimação.

Falo que é o quintal porque, além de ser do ladinho de Recife, me sinto mesmo como lá. Primeiro que já tiro o sapato na entrada. Tem pé de jambo, tem cachorro, tem bola, tem espaço e muitos amigos. Brinco, converso, penso, escuto, sorrio muito e choro às vezes. Abraços apertados e papos furados não se podem contar. Neste lugar posso ser criança sempre, sem deixar o adulto que todo mundo teima em ser. Trabalho com prazer e em muitos momentos acho ruim ter de terminar. Mas terminado o trabalho, passado 5 minutos, meu coração aperta, reclama, xinga, não me deixa em paz até que esteja no meu quarto, em casa, com minhas irmãs e aquele sorriso indescritível a me esperar de braços abertos. Quando penso em ficar e lembro do que me espera lá, não consigo optar por outra coisa. Volto pra casa na primeira condução disponível. A estrada se encarrega de acalmar o peito ansioso. Hoje fico com toda essa dor, penso que estão lá a minha espera. Hoje, não estão. Fico. Os amigos se encarregam de afastar a vontade de correr pra rodoviária. A noite valerá a pena. Só não sei se queria uma pena a menos.

Amo essa família. Quero estar do lado de todos e tê-los ao meu lado por quanto tempo for possível.

Meu filho vai dormir só hoje. Ô filho, amanhã de manhã painho chega visse? Coisamaislinda. É pra cuidar da casa. Anrram, eu sei o cuidado que ele vai ter. Mais um ser pra me deixar saudoso. Faz parte.

Bom, vamos ao dia seguinte. Terminar esse antes. Tomar banho, comer, e tentar esconder esse sorriso lindo que povoa minha cabeça.

Ah. Chega logoooooo!

2 comentários:

  1. Meu dia é mais feliz com tua presença.
    Quero saber das novidades, saber daqueles que só conheço pelo teu olhar.
    Volta logo.
    Foi apenas um dia de distância. Mas um dia sem ludo e sem tu de companhia.

    Amo e amo.

    ResponderExcluir

Diz aí...